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2012 - Livro Vermelho 2013

Faramea bahiensis Müll.Arg. VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 16-05-2012

Criterio: D2

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de Mata Atlântica descrita em 1875, ocorrendo na região entre Bahia, Espírito Santo e MinasGerais. Tem distribuição restrita, com EOO de 29.838 km² e AOO de 16 km². Está sujeita a cinco situações de ameaça nos municípios de Bandeira (MG), Linhares (ES), Caravelas, Maraú e Una (BA). Tem baixa frequência de coleta, mas foi coletada na última década, porém ocorre em baixa densidade. Sabe-se de sua presença em unidades de conservação como a Reserva Vale e Reserva Biológica de Una. Foi categorizada como "Vulnerável" (VU), devido à AOO menor que 20 km² e às cinco situações de ameaça. Foi considerado como ameaça o declínio de habitat, que foi reduzido em mais de 80% no período histórico de ocupação e de uso do solo na Mata Atlântica e que ainda é uma ameaça potencial.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Faramea bahiensis Müll.Arg.;

Família: Rubiaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Flora 58: 474. 1875.

Dados populacionais

Foram amostrados 3 indivíduos em uma área de 0,5 ha de acordo com levantamento fitossociológico realizado por Soares (2010), na Floresta Braço do Rio, no município de Conceição da Barra, Estado do Espírito Santo.

Distribuição

Espécie endêmica do Brasil, ocorre nos stados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais (Jardim, 2012; CNCFlora, 2011).

Ameaças

1.1.1 Crop
Severidade high
Detalhes Osúltimos remanescentes florestais do Sul da Bahia estão fortemente ameaçados,mesmo com a duplicação das áreas públicas protegidas, e a criação de ReservasParticulares do Patrimônio Natural. A principal razão da ameaça é a grave criseda cultura do cacau, fortemente associada às últimas florestas restantes. Apartir de 1988 a região tem se transformado de uma economia exclusivamentecacaueira para uma economia diversificada, principalmente com atividadesfortemente impactantes: pecuária extensiva, café, pupunha e exploraçãomadeireira (Araujo et al. 1998).

1.1.4 Livestock
Severidade high
Detalhes Ouso do solo do estado do Espírito Santo está distribuído basicamente em:lavouras (permanente, temporária e temporária em descanso), pastagens (naturale plantada), florestas naturais, florestas plantadas e terras produtivas nãoutilizadas, que totalizam 3.339.022 ha, ou seja, 73,23% da extensão territorialdo estado (IBGE, 1998). As pastagens cobrem 1.821.069 ha, constituindo o usopredominante do território capixaba. Sua maior concentração é na mesorregiãoLitoral Norte Espírito-Santense (IBGE, 2002), totalizando 618.070 ha. Dentre os13 municípios integrantes dessa mesorregião, o município de Linhares concentra236.544 ha (38,7% do total de pastagens da mesorregião) (de Paula, 2006).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em unidade de conservação: Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce, no Estado do Espírito Santo (CNCFlora, 2011) e Reserva Biológica de Una, na Bahia (Jardim, com. pessoal).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Aespécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada oficialmente ameaçada de extinção. Foiconsiderada "Vulnerável" (VU) (Biodiversitas, 2005).

Referências

- JARDIM, J.G. Faramea bahiensis in Faramea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB013947>.

- ARAUJO, M.; ALGER, K.; ROCHA, R.; MESQUITA, C.A.B. A Mata Atlântica do Sul da Bahia: situação atual, ações e perspectivas., São Paulo, p.27, 1998.

- DE PAULA, A. Florística e fitossociologia de um trecho de floresta ombrófila densa das terras baixas na Reserva Biológica de Sooretama, Linhares, ES. Doutorado. : Universidade Federal de São Carlos, 2006.

- SOARES, M.P. Estrutura e diversidade de comunidades e de populações vegetais em floresta atlântica de tabuleiros. Doutor. : Universidade Federal de Viçosa, 2010.

- Banco de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- ZAPPI, D. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

Como citar

CNCFlora. Faramea bahiensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Faramea bahiensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 16/05/2012 - 13:50:48